Segundo Pastore, pesquisas apontam que o custo unitário do trabalho – que mede o custo da produção diante de salários e encargos – do Brasil é maior que o da Alemanha, apesar de a mão de obra ser mais cara no país europeu. “O que mais interessa não é (se o custo do trabalhador é) de 183% ou 102% (do salário), mas a falta de contrapartida na produtividade”, afirmou.
Empresários presentes no Fórum organizado pela Exame e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediram a flexibilização das leis trabalhistas brasileiras para que empregados e empregadores possam negociar condições de trabalho. Representando o lado dos funcionários, o secretário de Relações Trabalhistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Manoel Messias, afirmou que a entidade concorda que são necessárias mudanças, até mesmo na organização sindical brasileira.
Um dos principais pedidos de empresários é que as negociações possam ocorrer no âmbito de uma empresa ou região, não somente com representantes nacionais por categoria profissional. O dirigente da CUT afirmou que seria possível, com várias condições, aumentar o grau de negociação em nível local, mas sem abrir mão de acordos que valem para todo o país.
“Se você não tiver uma negociação nacional, você vai ter o dumping social dentro do próprio Brasil, porque as empresas correm para onde tem custo menor. E onde tem custo menor? Onde existe mais desigualdade social”, defendeu o secretário da CUT.
Exame
Fonte: http://jornalcontabil.com.br/v5/?p=1719 - acesso em 25/05/2012.
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